Aprovado, projeto de restauração do Matarazzo visa preservar características originais do prédio 1p4h2o

Vídeo publicado nas redes sociais revela detalhes de estudo preliminar de arquitetura que dá forma à iniciativa, que prioriza ibilidade e inclusão 2g5f1x

VARIEDADES - MELLINA DOMINATO 861h

Data 08/06/2025
Horário 03:55
Foto: Reprodução/redes sociais
Depois: projeto prevê demolição de todas as paredes que foram construídas depois de 1988
Depois: projeto prevê demolição de todas as paredes que foram construídas depois de 1988

O projeto de restauração do Centro Cultural Matarazzo, em Presidente Prudente, foi aprovado pelo edital público 12/2024 da Secretaria Estadual de Cultura, Economia e Indústria Criativas, e através da Resolução SCEIC nº 01/2024, por respeitar integralmente as exigências do ProAc (Programa de Ação Cultural) e da Pnab (Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura). 

Em um vídeo publicado nas redes sociais, na terça-feira, a Secult (Secretaria Municipal de Cultura) e o grupo DEArquitetura Projetos Eireli, responsável pelo projeto, revelaram detalhes de um estudo preliminar de arquitetura que dá forma à iniciativa, com vistas à preservação das características originais do prédio, que é tombado como patrimônio histórico. O recurso para a restauração, no valor de R$ 2 milhões, foi viabilizado por meio do Fomento CultSP-Pnab.

A intenção do projeto é preservar um dos mais importantes patrimônios da capital do oeste paulista, garantindo também ibilidade e inclusão, seguindo a Lei Estadual 12.268/2006, a Lei Federal 14.399/2022 e a Lei Brasileira de Inclusão. 

Com uma equipe técnica especializada, o projeto contempla planos executivos de arquitetura, estrutura e instalações; pareceres técnicos em patrimônio; detalhamentos de ibilidade física e atitudinal; além do acompanhamento permanente de obra com ação educativa semanal, preservando o uso cultural já consolidado e ampliando o o de 48 mil para até 85 mil pessoas por ano. 

“Este projeto é um compromisso à memória, à cultura e à inclusão. Cada etapa foi pensada com rigor técnico e sensibilidade, revelando um compromisso verdadeiro com o restauro e a valorização do complexo cultural”, narra a publicação.

Proposta de estudo preliminar 625hd

Arquiteta responsável, Cristiana Pasquini ressalta que o projeto de restauro do centro cultural visa um conjunto de ações que se propõem a resgatar a unidade potencial imaterial do bem protegido a partir de quesitos como a retomada da espacialidade industrial.

Esclarece que, para alcançar, portanto, a unidade potencial do espaço industrial de tal patrimônio, o projeto tem como diretrizes duas vertentes. A primeira é o resgate dos eixos de circulação em relação ao espaço interno e espaço externo. “Desse ponto, a gente recupera o o do galpão pelo eixo principal longitudinal do bloco e dois os secundários transversais, que relacionam o galpão com o espaço externo, onde hoje se encontra a linha férrea”, descreve.

O segundo ponto que o projeto separa nesse resgate é na demolição de todas as paredes que foram construídas depois de 1988. “Pelo reconhecimento da descaracterização da unidade potencial nessa inserção, a gente pretende demolir todas essas paredes, resgatando esse espaço industrial. Dessa forma, todo o programa que é instalado no edifício exerce e atende o princípio da reversibilidade e da distinguibilidade, colocando, portanto, as novas intervenções de forma descolada do edifício existente”, afirma.

Mapeamento de danos 703b6t

Arquiteta pesquisadora especialista em patrimônio industrial, Jacqueline Sana comenta sobre a intervenção realizada no espaço, em 2006. “‘Os Princípios de Dublin’ falam sobre o patrimônio industrial, comentando que é extremamente importante que a intervenção marque e priorize a essência da edificação, os princípios de circulação, o espaço que essa edificação permeia e permeou antigamente e também as relações imateriais que o edifício traz para a sociedade”, cita. 

“Diante disso, a gente entende como dano à edificação que a intervenção não revela a essência do edifício, as circulações, o espaço interno, a espacialidade da industrialização. Ela não é trazida como documento na intervenção que foi executada em 2006”, explica a arquiteta. “Além disso, não existe inventário, não existem dados que comprovem que estudo patrimonial foi feito para que a intervenção se realizasse. A partir da carta de restauro de 1972, entendemos como restauro não apenas a materialidade, edifício ou o ambiente isolado, mas, sim, as características do conjunto tanto do bem humano quanto do patrimônio edificado”, contextualiza a especialista em patrimônio industrial. 

Histórico da edificação 4e6c4r

Valentina Romero, historiadora, recorda que as indústrias Matarazzo chegaram em Presidente Prudente na década de 30, com a construção de três galpões. À procura do beneficiamento de novas culturas, em função do declínio do café, a empresa a a trabalhar com algodão e milho, até a década de 70. Um processo de falência é aberto e os galpões, abandonados, am por um processo de deterioração até meados da década de 80, quando é iniciado um movimento para que que aquele empreendimento se tornasse em um espaço de cultura. 

“E isso se prolonga por mais dez anos, até a década de 90, quando ele vai a leilão e é comprado pela Prefeitura, quando começa a se transformar, então, na famosa fábrica de sonhos, o Centro Cultural Matarazzo, que é inaugurado em 2007”, relembra Valentina.

Atividades suspensas 26q1v

Um dos principais polos de arte, memória e formação cultural da cidade, o Matarazzo suspendeu no início do mês algumas atividades, temporariamente, para início dos ajustes necessários para a restauração. A previsão é de que os agendamentos para o uso de determinados espaços fiquem suspensos por aproximadamente um ano e meio, tempo estimado para a conclusão da obra. 

A boa notícia é que parte das atividades foi retomada neste mês, em novos espaços temporários, como as salas multiuso da Escola Jupyra Cunha Marcondes, o hall do Teatro Paulo Roberto Lisboa e o Boulevard. Já o serviço da biblioteca foi realocado, ao ser transferido para a sala 4, onde o acervo foi reorganizado.

Fotos: Reprodução/redes sociais

Cristiana Pasquini: projeto visa conjunto de ações que se propõem a resgatar potencial imaterial do bem


Jacqueline Sana comenta sobre a intervenção realizada no espaço, em 2006


Valentina Romero recorda que as indústrias Matarazzo chegaram em Prudente na década de 30


Galpões, abandonados, aram por um processo de deterioração até meados da década de 80


Matarazzo suspendeu no início do mês algumas atividades, temporariamente, para início dos ajustes necessários para a restauração

Reprodução/redes sociais

Trabalho busca preservação das características originais do prédio

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