Por conta da realização de uma feira itinerante pelo segundo ano consecutivo em Piquerobi neste final de semana, a Associação Comercial e Industrial de Presidente Venceslau (Aciprev), juntamente com a Associação Comercial de Santo Anastácio e a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), protocolou no Ministério Público Estadual (MPE) requerimento contrário à realização do evento. O órgão alega que prejudicará o comércio local. No entanto, o chefe do Executivo piquerobiense, Valdir Aparecido Lopes, Dudu (PMDB), afirma que a ideia é proporcionar à população a aquisição de produtos com valores mais íveis. O promotor de Justiça de Santo Anastácio, Juliano Calderoni, anteontem, discordou do pedido dos comerciantes quanto à proibição da feira.
Além das associações, o Sindicato do Comércio do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista (Sincomércio) também se mobilizou contra a feira e enviou ofícios a autoridades.
O presidente da Aciprev, Carlos Humberto Martins de Oliveira, afirma que "alguns comerciantes reclamam da feira e, como defesa da categoria, na terça-feira, os órgãos entraram com o requerimento para impedir a vinda destes ambulantes que não são da região". "A feira vai contra nosso comércio, pois não gera recursos aos cofres públicos. Os produtos vendidos não têm qualidade e, acredita-se que sua aquisição é de maneira duvidosa", defende Oliveira. Mas, com a decisão indeferida, o presidente garante que outras medidas deverão ser tomadas. Sobre o caso, o chefe do Executivo afirma que "a feira não causa prejuízos à população".
Sincomércio
De acordo com a Assessoria de Imprensa do sindicato regional, foram enviados ofícios para diversos órgãos como Polícia Federal, Receita Federal, Secretaria de Fazenda, Ministério do Trabalho e Corpo de Bombeiros sobre a realização da feira em Piquerobi. Como argumento, a entidade alerta que "esta prática comercial funciona como abrigo para diversas práticas ilícitas no âmbito tributário, aduaneiro, do consumidor e até criminal". "O Sincomércio, em defesa da legalidade e da formalidade no setor comercial, espera que medidas pertinentes sejam tomadas pelas autoridades, visando coibir tais práticas ilegais", finaliza, por meio da assessoria.
Compras 4s1l1q
A comercialização teve início na noite de ontem e segue até o dia 13, das 8h às 22h, no Estádio Barra Funda. Para a segurança do espaço há o apoio da Polícia Militar. Cerca de 300 lojas, vindas de São Paulo, disponibilizarão órios em geral e praça de alimentação. Quanto aos pontos positivos gerados ao município, o Executivo comenta que para cada espaço é gerada uma taxa que é reada ao Fundo Social. Relata ainda que, ano ado, o montante somou R$ 6 mil. Lopes acredita que o evento é "interessante, pois proporciona aos munícipes a aquisição de produtos a preços mais baixos". Outro beneficiário, conforme o prefeito, é o comerciante, que "pode comprar produtos e os revender".