Essa é uma daquelas perguntas que nós, que atuamos na área de ciências exatas mais nos deparamos. Desde que o ser humano existe, tentamos explicar o funcionamento das leis do universo, ação e reação, características dos materiais e sua interação com nosso cotidiano. É uma tarefa e tanto tentar elaborar lógicas (fórmulas matemáticas, explicações exatas, métricas, qualificações e quantificações) para os fenômenos que vemos em nossa experiencia pela Terra.
Ao mesmo tempo, buscamos afastar essas ideias de conceitos religiosos, políticos e dos maus seres humanos, que tentam usar o desconhecido como forma de guiar pessoas. Ao longo da história temos vários exemplos de como a ciência foi perseguida, podemos citar Da Vinci, Darwin, Oppenheimer, entre muitos outros, que tiveram que fugir, negar suas ideias para poder sobreviver. Mas no final, a verdade sempre triunfa, a história nos prova de maneira irrefutável.
Não quero com este artigo negar a existência de Deus, pois ele é o ponto de partida e de chegada de qualquer explicação científica possível para nossa existência, as religiões são as formulações que tentam nos propor regras para a caminhada. As Engenharias são os cursos superiores mais difíceis? Será que alguém consegue facilmente explicar o paradoxo da natureza, sua beleza e complexidade com poucas palavras? Costumo dizer que matemática não é prisão, é criatividade, libertação.
Desde a infância as pessoas são “educadas” para associar matemática como punição (“Joãozinho, se tirar nota baixa de matemática, vai ficar de castigo”, “Mariazinha, se não fizer lição de matemática vai ficar sem sobremesa”, etc...), e acabamos por desenvolver traumas com ciências exatas, associando a elas algum tipo de punição.
Uma boa instituição de ensino deve procurar romper esse ciclo de barreiras, deixando o aluno enxergar que a compreensão do mundo a por criar uma mente crítica, criativa e pensante. É esse desafio que a engenharia nos oferta, através da física, matemática, da lógica aplicada. É fácil compreender o mundo e ao mesmo tempo ser capaz de criticar e mudar a realidade, com novas ideias? Nem um pouco... No final, respondendo o título deste artigo com uma pergunta, para forçar o leitor a raciocinar, o que é mais fácil, seguir as pessoas ou ser protagonista? Ser lobo ou ser ovelha?
